Profissionais de Enfermagem da Bahia Cobram Cumprimento do Piso Salarial em Manifestação
Na manhã desta segunda-feira (25), profissionais de enfermagem se mobilizaram em frente à Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O protesto, organizado pelo Sindsáude-BA, reuniu servidoras e servidores públicos da área, exigindo o cumprimento integral do piso salarial estabelecido por lei.
Com cartazes, faixas, apitos e carro de som, os manifestantes expressaram sua insatisfação com a atual situação salarial e as condições de trabalho. Os gritos de ordem como
“Não vai ter arrego, ou paga nosso piso, ou não vai ter sossego” ecoaram durante a manifestação.
Um dos principais pontos de reivindicação é a não incorporação da Gratificação de Incentivo ao Desempenho (GID) ao piso salarial. Ivanilda Brito, presidenta do Sindsáude-BA, enfatizou que a GID é variável e não deve ser considerada como parte do piso.
“É importante a presença da categoria para pressionar PGE, Sesab e Saeb a cumprir a lei do Piso Salarial sem artifícios que prejudicam a remuneração da categoria”, declarou Ivanilda.
A mobilização teve início após a aprovação do piso salarial, que foi atrelado a modificações do Supremo Tribunal Federal (STF). Os profissionais denunciaram que o governo estadual tem tentado incorporar a GID ao piso salarial, utilizando um montante de R$ 273.000.000,00 repassados pelo Governo Federal.
“Queremos sensibilizar o governador e a população baiana de que os profissionais de saúde, que foram chamados de heróis e heroínas, têm direito ao piso salarial conforme determina a lei”, ressaltou um profissional que atua no Hospital Espanhol.
Iracema Carvalho, técnica de enfermagem há 17 anos, destacou a importância do salário digno para a qualificação e o desenvolvimento profissional.
“O salário realmente não nos motiva pra isso, e a gente precisa disso, precisamos que o governo reconheça o nosso valor, do nosso trabalho. Na pandemia, fomos heróis, mas não queremos título, queremos salário digno”, enfatizou Iracema, que trabal
ha no Hospital Roberto Santos.
A categoria reafirmou seu compromisso com a busca por melhores condições de trabalho e salários justos, prometendo intensificar as ações caso as reivindicações não sejam atendidas.